quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Juiz de Direito, Professor e Funcionário do Banco do Brasil

Lembro-me sempre de minha mãe me contar que na época em que começou no magistério, professor tinha um status igual ao de juiz de direito. A carreira tinha prestígio e o salário era muito bom. Também por este tempo, um dos empregos mais cobiçados era o de funcionário do Banco do Brasil. Os concursos eram disputadíssimos e quem passava, tinha como meta se aposentar trabalhando no banco.
Poucas décadas depois, este quadro virou de ponta cabeça, e fatos acontecidos esta semana justificam minha opinião. Então vejamos: o poder Judiciário se encontra numa gravíssima crise, após a entrevista de uma importante personalidade do meio, que disse que por trás da toga se escondem muitos bandidos. A lentidão e a ineficiência da justiça brasileira já seriam motivo para questionar o poder Judiciário. Juiz já foi muito mais respeitado neste país.Quanto aos bancários, mais uma greve foi iniciada e  carreira de funcionário do Banco do Brasil já não tem mais a mesma procura de antes.
Agora desesperadora mesmo é a situação dos professores. Com baixos salários e sem nenhum incentivo para se dedicar ao magistério, são vítimas de alunos marginais que agridem e até atiram contra aquela categoria que é a mais importante da sociedade, pois é a responsável pela formação educacional das demais. Diga-se de passagem, que hoje também responsável, em grande parte, por criar os filhos, pois os pais delegam á escola esta responsabilidade.
Não sou saudosista, mas confesso que gostaria muito que tudo voltasse a ser como era na época em que minha mãe entrou para o magistério.Éramos felizes e não sabíamos...

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Fumo 3 cigarros por dia sem ser fumante

Pesquisa divulgada ontem, mostra que quem mora na região metropolitana de São Paulo respira um ar duas vezes mais poluído do que recomenda a Organização Mundial de Saúde (OMS). Pior do que os paulistas é a situação dos cariocas que respiram um ar três vezes mais poluído. Segundo especialistas, os paulistanos fumam indiretamente o equivalente a 3 cigarros por dia.
A maior fonte de poluição não é a fumaça que sai das chaminés das fábricas e indústrias, que aliás cada vez mais vão embora daqui, e sim dos escapamentos dos ônibus, caminhões, automóveis e motos que circulam por esta cidade. São mais de 7 milhões de veículos, para pouco mais de 5 mil ruas e avenidas. Pra se ter uma idéia do tamanho da encrenca, quase mil veículos são licenciados e entram por dia nas vias paulistanas.
Além do transporte coletivo precisar melhorar e muito, basta ver a última pesquisa em que quase 50% dos usuários do Metrô desaprovam o mesmo, é necessário uma atitude mais consciente por parte do motorista. A ideia de se criar uma faixa exclusiva para carros que estejam com mais de um passageiro é interessante, assim como em cidades do primeiro mundo. Mas a solução mesmo é ter um transporte coletivo de qualidade, eficaz e rápido. Que os governos sejam ágeis em possibilitar isso. É o que espero...   

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Nada como um dia após o outro

Tenho um grande e sábio amigo, com quem me encontro uma vez por mês para falar de nossas vidas e trocar experiências. Ele nasceu no exterior, seu pai combateu na Segunda Guerra Mundial e estas suas características, além da bondade e inteligência, fazem dele um ótimo interlocutor.
No nosso último encontro conversamos sobre os ciclos, as fases da vida. Coincidentemente, hoje começa a primavera e a mudança de estações na natureza também é um sinal de renovação da vida. Falávamos sobre aqueles dias, períodos em que tudo dá errado em que até mesmo perdemos a esperança e desanimamos. Por outro lado, também existem os dias, as fases em que tudo dá certo e as coisas se encaixam e acontecem até mesmo sem que estejamos esperando.
Como estamos no início da primavera, estação que marca a transição do inverno para o verão, acredito que muitos de nós renovamos a esperança em dias melhores. Nunca esquecendo que por mais difícil que seja  o momento em que estamos vivendo, sempre há coisas positivas acontecendo ao nosso redor. A dica é colocar a atenção no que está bom, embora seja da natureza humana olhar para o que falta. A insatisfação é uma característica humana e, como diz meu amigo, "sem desafios a vida perde a graça"...

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Picaretas da auto ajuda

A cada dia que passa surge na praça um novo conferencista, motivador ou outro nome que se dá a pessoas que se aproveitam da boa fé de seres humanos para se colocarem como " salvadores" da baixa estima coletiva,ou como diria Jung, do "inconsciente coletivo". É assustador que em pleno 2011, o número de pessoas comprando livros, cds, dvds destes picaretas da auto ajuda que como se fizessem receita de bolo, ensinam o " gado " a ser feliz.
Acredito que a responsável por isso é a cultura da civilização ocidental, que baseada em religiões dominantes no planeta, ensinam desde criança a cada um a se sentir como um ser inferior, pequeno e indigno, esperando por algo ou alguém que venha salvá-lo.
Lendo as páginas amarelas da revista Veja desta semana, chego a conclusão que a vitimização é a pior praga do planeta e que este mundo de "Polianas" é no fundo, uma desculpa para não se responsabilizar pelo destino da própria vida e do planeta.
E fico preocupado, que diante da carência da sociedade atual, este grupo de aproveitadores se prolifera e passa a ocupar postos importantes cada vez mais. Pensando bem, desde que o mundo é mundo, sempre foi assim...

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Da velocidade do tempo

O comentário de uma amiga no facebook sobre o tempo me chamou a atenção hoje. Dizia ela  que não gosta do tempo, pois o que é bom passa rápido demais e o que é ruim demora muito. Concordo: a sensação do que é bom é rápida e o da coisa ruim parece perpétua. Por outro lado, acredito que existem razões tecnológicas para esta mesma sensação de rapidez do tempo nos dias de hoje.
Internet, celular e outras coisas do tipo não existiam na infância de quem tem mais de 20 anos de idade. Na minha adolescência, o aparelho de fax era o máximo. Toda esta tecnologia veio com a promessa de que ajudaria o ser humano a resolver seus problemas e facilitar seu cotidiano. Passados poucos anos, a promessa não se cumpriu e viramos escravos desta tecnologia que prometia nos libertar.
Pior: nesta era de relacionamentos virtuais, as pessoas estão perdendo o prazer que é um bate papo real com os amigos, tomando um café ou comendo uma pizza. A preguiça de sair de casa e a "insegurança pública" muitas vezes justificam esta postura.
O tempo realmente voa, a vida é breve, por isso, vamos aproveitar. Um bom final de semana, curta a companhia de seus amigos e familiares, afinal este é o melhor que a vida nos oferece...

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Carros potentes viraram máquinas de morte

Nos últimos dois meses, quatro acidentes, três em São Paulo e um Porto Alegre, tiveram muito em comum. A combinação de carros importados e com motores potentes com a irresponsabilidade dos motoristas em alta velocidade e sob efeito de bebidas ou drogas. Lembrando: o carro que a 150 km/h arremessou o de uma jovem advogada baiana num poste no Itaim; o jipe que atropelou um jovem na Vila Madalena; o empresário que morreu em Porto Alegre após a batida e explosão de seu carro a 180 km/h próximo ao "Laçador" e, esta semana, o jovem de 20 anos de idade que morreu após dirigir embriagado a 140 km/h na Marginal de Pinheiros.
Quando surgiu a "Lei Seca" comemorei e fui um dos primeiros a respeitar, mas a impressão que tenho é de que a fiscalização enfraqueceu e estes acidentes estão se tornando cada dia mais frequentes. Não tem outro jeito: ou a lei é cumprida e estes irresponsáveis são punidos, até antes de morrer, ou os acidentes continuarão e novas vítimas inocentes vão morrer também.
A boa fase da economia brasileira proporcionou também a chegada de milhares de veículos às ruas, estradas e avenidas. Com os carros, nem sempre chegam motoristas preparados para a direção, como o caso deste jovem de 20 anos de idade que morreu esta semana em São Paulo. Tanto que ouvi um psicólogo aconselhando os pais a não comprarem carros potentes para seus filhos adolescentes e sim veículos com motor 1.0. Isso pra que muito "filhinho de papai" não saia por ai matando e morrendo a mil por hora...

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Vivemos como se não fôssemos morrer

Acabo de ouvir na rádio Jovem Pan o anúncio da morte do jornalista Israel Gimpel, que durante décadas foi a voz da emissora paulista no Rio de Janeiro. Eu que cresci ouvindo as transmissões esportivas da Pan fiquei muito triste e coloquei a me pensar que nós, seres humanos, vivemos de uma maneira a negar a própria mortalidade e acredito que talvez isso seja necessário, afinal acordar a cada manhã sabendo que poderemos deixar de existir é angustiante e pode até nos paralisar.
Mas o que acredito poderia ser diferente é a maneira como encaramos a própria vida. Costumamos fazer tempestades em copo de água, achar que nossos problemas são os únicos do mundo e deixamos de tratar com carinho e atenção as pessoas que nos são fundamentais. Alimentamos sentimentos negativos e, na minha opinião, a mágoa, o medo e o ressentimento são os piores e deixamos de agradecer o que temos.
Somos educados numa cultura religiosa e social que não nos ensina a confiar em nós mesmos e, muitas vezes, deixamos na MÃO DE DEUS decisões que precisam ser tomadas por nós mesmos. A morte, como costumo dizer, choca por nos lembrar que somos mortais e que não fugiremos dela. Que ela também nos faça ser mais carinhosos e afetuosos para com os amigos e familiares, afinal ninguém sabe quando será a hora de partir...

domingo, 11 de setembro de 2011

Ruben Magnano:técnico ganha jogo sim

Depois de 16 anos, a seleção brasileira de basquete masculino voltará a disputar uma edição de Jogos Olímpicos, no ano que vem em Londres. O grupo brasileiro chegou desacreditado ao Pré-olímpico de Mar De Plata e surpreendeu a todos, principalmente na segunda fase do torneio, quando venceu a Argentina em uma partida memorável.
O maior responsável por esta classificação foi um argentino. Ruben Magnano, técnico da seleção da Argentina medalha de ouro olímpica e vice-campeã mundial, escreve seu nome na história do basquete brasileiro. Ele teve a capacidade de motivar uma equipe que foi esnobada por Nenê e Leandrinho e que teve o corte por contusão de Anderson Varejão. O grupo de jogadores remanescentes foi guerreiro e merece todo o aplauso também.
Agora é preciso que não nos iludamos. Voltar para a Olimpíada é maravilhoso, mas é necessário enxergar que em Londres, os adversários serão muito mais fortes do que no pré-olimpico. Se Nenê e Leandrinho serão perdoados também dependem nossas maiores chances e como reagirá o restante do grupo também. Agora, mais importante é montar uma equipe forte para também disputar a Olímpiada do Rio, em 2016, quando não precisaremos disputar um novo pré-olímpico.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Zagueiro do Flamengo foi covarde

Ontem, em um Pacaembu lotado, o Corinthians conseguiu virar o jogo e vencer o Flamengo por 2 a 1. Na verdade, escapou de sofrer uma goleada, pois o goleiro Felipe fez defesas sensacionais e evitou a vitória corintiana já no primeiro tempo. Ronaldinho Gaúcho foi anulado pela eficiente marcação de Alessandro e o destaque corintiano, mais uma vez, foi o goleador Liédson.
Liédson que foi vítima de uma agressão covarde e gratuita por parte de Gustavo, um brucutu zagueiro que o Flamengo foi buscar num pequeno time do Rio. O lance não foi visto pelo árbitro, nem pelo bandeirinha, mas não escapou das lentes da câmera de um competente cinegrafista do Sportv, que registrou o momento do soco no estômago dado por Gustavo em Liédson, fora de qualquer jogada e sem chance de defesa por parte do artilheiro corinthiano. " Levezinho" no final do jogo disse em entrevista que a sua resposta ao ato criminoso do flamenguista foi marcar dois gols e dar a vitória para o Corinthians.
Que o tribunal vai investigar as imagens, não tenho dúvida. Sorte do Flamengo se Gustavo for suspenso e ficar fora de várias partidas, pois até Ronaldo Angelim reclamou do companheiro de zaga no jogo do último final de semana. Ou que mude de esporte, e vá lutar boxe ou UFC...

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Rogério Ceni e o basquete brasileiro

Rogério Ceni completou ontem mil jogos com a camisa do São Paulo. Em um Morumbi lotado, o goleiro foi presenteado com a vitória por 2 a 1 do tricolor sobre o Atlético Mineiro, que garantiu a liderança do Brasileirão até o fim da rodada de hoje à noite. Goste-se ou não de Rogério Ceni, é inquestionável que ele já escreveu seu nome na história do futebol brasileiro e mundial, por ser o goleiro que mais fez gols e também pela marca de partidas com a camisa de uma mesma equipe, só sendo superado por Roberto Dinamite (Vasco) e Pelé (Santos). Dono de uma personalidade polêmica e muitas vezes antipática, Ceni já é o maior ídolo da história da torcida tricolor.
Enquanto isso, na Copa América de Basquete em Mar De Plata, a seleção brasileira conseguiu uma vitória histórica sobre a Argentina por 73 a 71, com uma atuação memorável de um novato pivô oriundo de Araçatuba e com sobrenome alemão, que anulou o espetacular Scola, na maior parte do jogo. Se ainda não garantiu a vaga para Londres 2012, pelo menos para mim, fã de basquete, esta vitória já entra para a história do esporte, pois foi a primeira vez que o Brasil derrotou a geração dourada argentina. Vou além, ontem, minha memória voltou 25 anos no tempo, lembrando a inesquecível vitória do Brasil sobre os EUA nos Jogos Pan-Americanos de 1987 em solo ianque. Pode ser até exagero, mas que foi de lavar a alma, ah isso foi...

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

O que tem essa moçada na cabeça?

Sábado à noite, bairro de Pinheiros, São Paulo. Cerca de 70 jovens se envolvem em brigas com facas, bombas e outras armas. Um morre, outros vão pro hospital em estado grave. A motivação, se é que dá pra falar nestes termos, era uma briga de gangues marcada pela internet.
Não sei se é porque fui criado no interior, com uma educação tradicional e até conservadora, mas não consigo entender o que quer esta geração de jovens. Alguns psicólogos a chamam de "geração do tanto faz", pois pra eles tanto faz estudar ou não, trabalhar ou não, não há perspectivas, nem ambição, coloco esta palavra no bom sentido, de ser alguém.
Será que a desestruturação das famílias, com o mundo cada dia mais competitivo e individualista é a responsável por este contexto ou será que a farta opção de possibilidades que o mundo moderno oferece se tornaram uma maldição, ao invés de ser uma aliada na vida desta nova geração.
Definitivamente, não sei. Só sei que, quando era mais jovem, gostava de sair aos sábados pra ver meus amigos e paquerar, só isso. Não trazia tanto ódio e rancor, como esta moçada, que precisa matar, destruir e aniquilar outro ser humano pra sentir algum prazer nesta medíocre vida...

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Inferno astral e o 11 de setembro

Como bom virginiano, metódico e cético, nunca levei muito a sério esta história de inferno astral no período que antecede nosso aniversário. Até que... neste ano, resolvi prestar mais atenção nisso e confesso que fiquei bastante confuso.
Hoje faz 2 dias que fiz aniversário e olhando para trás, tenho motivos para acreditar em inferno astral, ou seria simplesmente as ondas da vida, que vão e vem, em altos e baixos? Ou até mesmo como o Campeonato Brasileiro de Futebol que, de tão longo e disputado, promove uma gangorra de resultados entre os clubes participantes.
Se não bastasse a dúvida sobre o tema inferno astral, começam as enxurradas sobre o noticiário do décimo aniversário do 11 de setembro. Há 10 anos, o mundo mudou completamente e todos nós ficamos mais inseguros.
O que me impressionou muito, mesmo sendo muito cético, foi o relato do guia canadense, quando há 2 anos, visitei o local onde ficavam as "Torres Gêmeas", em Nova Yorque. Segundo ele, naquele dia de catástrofe e desespero, uma igreja localizada bem próxima de onde ocorreram os atentados foi poupada, enquanto prédios ao lado foram destruídos pelos destroços do impacto dos aviões com os edifícios. Senti um calafrio ao ouvir a história e passar pela igreja.
Assim como o inferno astral, esta história do milagre que ocorreu com esta igreja, me fazem concordar que entre o céu e a terra existem coisas que não podemos explicar e até temos que acreditar. Ou como diz aquele ditado espanhol "Não acredito em bruxas, mas que elas existem,elas existem"...

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Muito obrigado pelo carinho

Ontem,atendi  ligações por telefone e respondi mensagens enviadas por e-mail, torpedos e pelo facebook entre 9 da manhã e 11 e meia da noite. Acredito que foi o meu aniversário em que mais recebi parabéns e palavras de carinho e consideração de tantas pessoas que estão na minha vida desde que nasci, no caso da minha família, passando pelos amigos de infância e adolescência, até as amizades e relacionamentos conquistados nos últimos anos, desde que vivo aqui em São Paulo.
É muito gostosa esta sensação de ser querido e receber o carinho de tantas pessoas e acredito que esta onda de boas vibrações é muito importante para a vivência de um novo ciclo da minha vida. Desejo em dobro todas as manifestações de afeto que recebi e, como já diz o sábio, aprendi que tão bom quanto ganhar um presente é receber a atenção e aqueles minutos de consideração que levam alguém a lembrar de você. Com o passar dos anos, fazer aniversário vai ficando mais importante, afinal o tempo não pára e não volta atrás, o que quer dizer que vale a pena viver e curtir cada momento de nossas vidas.
Valeu mesmo. Muito obrigado. Um abraço e um beijo no coração de cada um de vocês...