Aniversário

Fazer aniversário é diferente em nossas etapas de vida. Na infância, o que mais queremos é uma festa bem legal, com bolo, salgadinhos, a presença de amigos e,é claro, ganhar presente. Na adolescência, aniversário é uma coisa chata, pagar mico. O que talvez supere este sentimento de falta de graça, seja ganhar um carro do pai ao completar 18 anos. Nem todos puderam ter este presente.
Na idade adulta, pelo menos no meu caso, aniversário é tempo de reflexão, de balanço. Avaliar o que eu era há 20, 10, 05 anos atrás, os avanços do ano passado para agora. No meu caso, estar vivo já é um presente, afinal sobrevivi a um acidente de pára-quedas, anos atrás. Não tenho do reclamar, mas reclamo, afinal a insatisfação é o que nos move, combustível para o ser humano.
Sou um sujeito inquieto,incomodado, que quer fazer e realizar, pois tenho consciência da própria mortalidade e antes de deixar esta vida, quero deixar minhas marcas e motivos para ser lembrado.
Nasci em 31 de agosto de 1969. Neste dia, a seleção brasileira de futebol ganhava por 1 a 0, no Maracanã, do Paraguai, gol de Pelé, na última partida das eliminatórias para a Copa de 70, quando o Brasil seria tri-campeão mundial. Faz 42 anos que isso aconteceu e explica porque sou tão apaixonado por futebol...

A INVEJA TAMBÉM TEM FACEBOOK

Um amigo retirou todas as informações de sua vida pessoal da página do Facebook. Deixou apenas as informações profissionais e somente aquelas que não o comprometem. Ele foi alvo de uma fofoca maldosa   e  teve sua vida pessoal revirada e com muitas turbulências neste último final de semana.
Acredito que as redes sociais vieram pra ficar e que nos são muito úteis. Entretanto, o nível de exposição a que as pessoas estão  se submetendo, principalmente, no facebook precisa ser repensado. Já vi de tudo: lavagem de roupa  suja entre casais, ofensas e a chatice dos pregadores religiosos virtuais e de plantão. Mas fica o alerta: cuidado com sua vida pessoal e de sua família.
Um dos critérios mais usados por agências de recursos humanos tem sido também a pesquisa da vida do candidato em redes sociais. Teve quem perdeu o emprego por estar em comunidades do tipo " Odeio meu chefe" .
Também acredito que o politicamente correto extrapolou e dita normas que tiram a espontaneidade da vida. Por outro lado, cuidados como os aqui mencionados podem poupar o desgaste de cada um de nós e evitar situações como viveu meu amigo nestes últimos dias... 

Era Senna, mas não o Ayrton...

 Há anos, anos mesmo, não acordava num domingo e corria pra ligar a tv e acompanhar uma corrida de fórmula 1. Hoje era um dia especial, afinal o sobrinho do maior ídolo da minha geração iria estrear no mesmo carro que consagrou seu tio, usando o mesmo capacete também. Com a surpresa de conseguir largar em sétimo lugar no grid. Mas em menos de uma volta, para a decepção de todos nós e do Galvão Bueno, Bruno Senna teve problemas e caiu da sétima para a última posição na corrida.
Cai na real e comprovei que não dá pra colocar nos ombros desse moço a responsabilidade de substituir o genial tio. Ayrton é insubstituível e ponto final. Desde sua morte, em 1994, que o Brasil espera por um novo campeão mundial. Barrichello e Massa bateram na trave, mas ainda não chegaram lá, e quando se vê um novo Senna, a esperança se confunde com sonho. Que não aconteça com ele o que aconteceu com o filho do tri-campeão Nélson Piquet, que além de um fiasco, saiu da fórmula 1 pelas páginas policiais.
Bruno: Boa sorte. Meu desejo é que você suporte a injusta comparação a que você será submetido e que o peso disto não provoquem novas decepções como a de hoje, afinal a expectativa de que você marcaria pontos, por largar em sétimo, pesou, com certeza, sobre você...

Reencontrar o próprio passado

Ontem à noite em um evento, tive a oportunidade de reencontrar pessoas com as quais convivi há mais de dez anos e não reencontrava há muito tempo. Confesso que esta visita ao meu passado me proporcionou boas sensações e a certeza de que os nossos passos pavimentam nossas histórias.
Reencontrar o colega de escola que era da sua chapa no grêmio estudantil e relembrar as ações de nossa gestão, como a criação do jornal escolar, do qual é claro, eu era o redator. O outro colega, que era muito tímido e hoje é o prefeito da minha cidade e que me deixou emocionado ao me citar em seu discurso. Colegas conhecidos também da imprensa regional, com quem convivi anos e anos e clientes que atendi no trabalho de assessoria de imprensa.
A possibilidade de retornar às nossas origens, pelo menos para mim, dá uma carga de energia e revigora nossas forças. Sentir-se querido e prestigiado nos locais onde se viveu e trabalhou dá um novo ânimo e disposição para enfrentar novos desafios e o dia de amanhã, que tem as páginas em branco para que possamos escrevê-las./
A todos vocês que me fizeram embarcar nesta "viagem" ontem, meu muito obrigado. Como diz aquela propaganda de cartão: "Tem coisas que não tem preço"... 

Geração Prozac

Assisti a uma entrevista de um psicanalista, dias atrás, na qual ele dizia que a sociedade moderna não sabe lidar com sentimentos naturais do ser humano, dentre eles com a tristeza. A "ditadura da alegria" ditada pelas revistas "Caras"da vida, onde os sorrisos são fáceis e mostrar os dentes é uma obrigação. Resultado disso é a venda, cada dia mais intensa, de anti-depressivos para contornar as sensações que desagradam cada um de nós.
Com o fim da segunda guerra mundial, a maior potência (Estados Unidos) exportou para o mundo o estilo americano de viver, que prega beleza e riqueza para todos. A impossibilidade de todos alcançarem estes ideais, trouxe a frustração coletiva, que alavancou a venda de remédios e o crescimento exorbitante da indústria farmacêutica.É claro que perdas como o luto por um familiar, trazem consigo a necessidade de um acompanhamento médico e provavelmente o uso de medicamentos, o que incomoda é a banalização do uso de remédios para se "sentir melhor".
Isto tudo sem falar da compulsão por comida, jogos, sexo e bebidas alcoólicas que são outras maneiras de fugir da depressão e do vazio existencial.
Entretanto, uma certa dose de tristeza no ser humano é natural, e até mesmo saudável, pois só assim ele dará valor à alegria. Sem a escuridão, não haveria a luz. Aprender a conviver com este tipo de sentimento é fundamental, afinal, mais cedo ou mais tarde, cada um de nós será obrigado a lidar com isso.

Sêneca: sobre a brevidade da vida

Meu escritor e filósofo favorito é o romano Sêneca, que viveu entre o final do período anterior e início do calendário cristão. Da escola estóica, Sêneca é autor de livros e textos belíssimos e profundos. A lápide do túmulo de meu pai tem uma frase dele.O tema mais recorrente da obra de Sêneca é a brevidade da vida e como devemos estar atentos, para não deixar de viver os momentos que realmente importam e valem a pena.
Ontem à noite, reli trechos do livro "Aprendendo a viver: carta a Lucius" É impressionante como algo escrito há quase dois mil anos pode ser tão atual. As dicas e conselhos para se bem viver são sensacionais e a leitura nos prende. Recomendo a quem puder, que adquira este livro.
Em dias de mediocridade na política, seja nacional ou internacional, e até em outros setores da atividade humana, ler Sêneca é como estar acima de todas estas coisas.
Como ninguém é perfeito, Sêneca também falhou, se é que assim podemos dizer. Responsável pela educação do imperador-tirano e demente Nero, teve a sua maior frustração ao ver do que foi capaz seu pupilo. Tanto que enquanto Roma queimava completamente, Sêneca não suportou o golpe e cometeu o suicídio, cortando os pulsos. Foi extremamente digno, na vida e na morte...

Festa do Peão: crueldade com animais

Mais uma vez, fico estarrecido ao ver a notícia de que um bezerro precisou ser sacrificado após um insano jogo na Festa do Peão de Barretos. Não consigo entender, respeitando o gosto de cada um, milhares de pessoas aglomeradas em uma arquibancada para ver um espetáculo primitivo e de extrema crueldade com animais. Assim como, acredito ser inconcebível, no ano de 2011, a realização de touradas e corridas como a de San Firmino na Espanha.
Com certeza, a humanidade evoluiu. Há 2.000 anos, os circos romanos eram um sucesso apresentando barbaridades como leões famintos devorando prisioneiros ou lutas de gladiadores. Hoje, os mesmos estádios ficam lotados para ver um Barcelona jogar, ou um show musical.
Entretanto, Festas do Peão, touradas e afins são herança deste passado sombrio e verdadeiramente "animal" do ser humano.
Que as empresas patrocinadoras de eventos, como este de Barretos, reflitam sobre o prejuízo de terem suas marcas associadas a tão rudimentar e atrasado espetáculo...

O que faz você feliz?

Ainda não vi o novo filme nacional que trata do tema felicidade. Sou apaixonado pelo filme americano "The pursuit of  happiness" ou em português "À procura da felicidade", uma história real, com a melhor interpretação de Will Smith, em minha opinião, no cinema.
Uma rede de supermercado pergunta em seus comerciais: "O que faz você feliz?"
Pra mim, o que me faz feliz é a convivência com meus amigos e familiares e a realização de prazeres possíveis e saudáveis: uma boa refeição, um filme, um jogo de futebol, viajar.
Mas a pergunta que faço é: o que cada um de nós quer da vida? quais são nossos objetivos e metas (que outros chamam de sonhos)?
Dias atrás, vi um psicólogo falar que desistir de nossos "sonhos" pra fugir de uma frustração, no caso de não realizá-los, causa muito mais dor existencial do que tentar, tentar, com a possibilidade ou não de realizá-los. A desistência precoce e sem luta é uma espécie de "morte antecipada".
O filme de Will Smith é uma lição de vida, de como enfrentar todas as adversidades possíveis e impossíveis e de superá-las. Já vi mais de uma vez, e me emocionei  em todas elas...

Força, Doutor...

Vendo o telejornal, agora há pouco, fiquei sabendo que o ex-jogador de futebol Sócrates está internado, com hemorragia causada por doença hepática na UTI de um hospital de São Paulo.
Quem tem menos de 30 anos de idade, talvez não se lembre deste personagem do futebol brasileiro. Nascido no estado do Pará, Sócrates surgiu para o futebol no Botafogo de Ribeirão Preto, onde também estudou medicina. Contratado por Vicente Matheus, consagrou-se no Corinthians, onde conquistou três campeonatos paulistas (79,82 e 83) e fundou a "Democracia Corintiana", movimento que revolucionou o futebol brasileiro no início dos anos 80. Foi o capitão da inesquecível seleção brasileira na Copa de 82 e passou por Fiorentina da Itália, Flamengo e Santos, até voltar ao Botafogo de Ribeirão, onde encerrou a sua brilhante carreira em 1989.
De comportamento boêmio, Sócrates nunca escondeu de ninguém que gostava de fumar e beber, estilo totalmente contrário ao do seu irmão e também craque Raí.
Famoso pelas jogadas de beleza plástica, principalmente pelo toque de calcanhar, espero que o Doutor, apelido que recebeu da "Fiel", drible também este difícil momento que está passando...

Ricardo Teixeira: o peixe morre pela boca

Recentemente, Ricardo Teixeira, o todo poderoso presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) concedeu uma polêmica entrevista à Revista"Piauí", onde disse, entre outras coisas, "que estava cagando para as denúncias que recebia por parte da imprensa e que só ficaria incomodado mesmo, se fosse denunciado pelo Jornal Nacional, da Rede Globo de Televisão". Coincidência ou não, dias depois, a Globo divulgava uma carta de princípios sobre sua isenção no jornalismo.
No último sábado, o "JN" trouxe uma matéria de quase 4 minutos, denunciando irregularidades num amistoso entre Brasil e Portugal, em 2008, e é claro envolvendo CBF e Ricardo Teixeira. Igualou-se, assim, a Rede Record de Televisão que vem, constantemente, denunciando Teixeira em seus noticiários.
O arrogante cartola do futebol brasileiro se considerou traído pela emissora carioca e se diz magoado e arrependido por ter dado a tal entrevista à revista "Piauí", que foi o estopim de todo este incêndio.
É bom que Ricardo Teixeira fique mesmo com as barbas de molho, pois se a Globo,realmente, passar de sua aliada à inimiga, seus dias estão contados no comando do futebol brasileiro...

Ronaldinho Gaúcho será o "salvador da pátria"?

Como era esperado, o técnico da seleção brasileira de futebol,Mano Menezes, convocou Ronaldinho Gaúcho para o amistoso entre Brasil e Gana, dia 05 de setembro, em Londres. As recentes atuações do craque pelo Flamengo foram determinantes para a volta do pentacampeão do mundo à seleção.
Mais de um ano à frente da seleção, Mano Menezes vive um momento de incerteza e insegurança. Tá certo que o time está em formação, mas as derrotas do Brasil na Copa América e nos amistosos, fizeram com que a luz amarela se acendesse e que o emprego do ex-técnico corintiano ficasse em risco.
Ronaldinho Gaúcho nunca jogou na seleção  o que jogou nos clubes que defendeu. Me lembro de apenas dois momentos marcantes dele com a camisa canarinho: logo no início de sua passagem pela seleção, ainda de cabelo curto, fez um gol de placa contra uma seleção sul-americana, onde driblou, chapelou e fez o diabo antes de marcar o gol. O outro momento foi na Copa de 2002, quando marcou um gol decisivo na vitória contra a Inglaterra, num chute que mais parecia uma tentativa de cruzamento do que arremate ao gol.
Mano está com a corda no pescoço. Embora a seleção não precise disputar as eliminatórias, por ser o país sede da Copa 2014, se o time não engrenar e começar a vencer, ele pode sim perder o emprego.
A convocação de Ronaldinho Gaúcho marca o início de um novo ciclo na era Mano Menezes na seleção e é também a grande chance do craque provar que pode ser tão decisivo jogando com a verde amarela quanto é jogando pelo seu clube... 

Moradores de rua: o que fazer?

Quem passa pelo centro de São Paulo, principalmente na região ao redor do "Minhocão" e da "Cracolândia", se depara com uma visão degradante: pessoas enroladas em cobertores, visivelmente drogadas ou embriagadas, a qualquer hora do dia.
Até por se sentirem inseguras, as pessoas que transitam por estas regiões acabam doando dinheiro, água ou comida, fato que ameniza, mas não resolve a situação geral.
Solução? Confesso que não sei, até porque, se não me engano, estas pessoas têm o direito de permanecer na rua e o poder público não pode, sem a concordância dos mesmos, retirá-los para um abrigo ou albergue.
Acredito que é hora de mudar a legislação e obrigar a retirada destas pessoas da rua, mesmo contra a vontade delas, afinal a situação atual só favorece roubos, furtos e consumo de drogas e bebidas.
Um bom planejamento familiar, apoiado principalmente pelas igrejas, com certeza, também pode ajudar a diminuir este quadro miserável de nossa metrópole...

O que a Dilma vai fazer?

Nas últimas semanas, o governo da presidenta Dilma tem sido alvo de denúncias de ex-membros do próprio governo, é o chamado "fogo amigo". Tudo começou no Ministério dos Transportes, passeou pelo Ministério do Turismo e agora a crise está plantada no Ministério da Agricultura.
Com um perfil técnico de "gerentona" e, aparentemente, sem muito jogo de cintura para o jogo político, Dilma está diante de um enorme desafio e a opinião pública está aguardando a ação da presidenta.
Que Lula tinha a habilidade de contornar crises e agradar todos os partidos da base, pagando sabe-se lá que preço pra isso, ninguém duvida. E foi assim que elegeu sua sucessora.
Agora o abacaxi está com Dilma e a pergunta que o Brasil faz hoje é: Diante de todas estas denúncias, qual será a atitude da presidenta????

"A árvore da vida" é um filme pra dormir no cinema

Fui ao cinema pra assistir o já premiado filme "A árvore da vida". Confesso que não me decepcionei com a atuação de Brad Pitt, representando um pai militar, duro e enérgico com seus filhos, numa pequena cidade norte-americana dos anos 50. O ator vem numa sequencia muito boa de atuações em "filmes papo cabeça".
O problema do filme é que, após um início forte, o filho de 19 anos morre e deixa a mãe consternada e sem chão, vem uma sequencia de imagens de natureza, e até de um tiranossauro, ou sei lá o que é aquele bicho, esmagando a cabeça de outro bicho pré-histórico, acompanhadas por um fundo musical fúnebre, que não só entediam, dão sono e provocam abandonos da sala de cinema, contabilizei 6 pessoas indo embora.
Acho que erraram na dose, na edição. Se o filme tivesse meia hora a menos, indo direto da morte do filho para as lembranças do irmão mais velho, ou seja, tivesse uma narrativa mais direta, o público sairia mais satisfeito do cinema.Comentários como " filme sem pé nem cabeça" ouvi mais de uma pessoa fazer.
O objetivo do filme, acho eu, é de nos fazer refletir sobre vida e morte e, principalmente, sobre o quanto é difícil educar e impor limites aos filhos. Neste aspecto, prefiro ler Freud ao voltar a ver este filme sonolento e lento, lento, lento demais...

Obrigado, Papai

Amanhã é o Dia dos Pais. Como data comercial, não mais me serve, pois há quase 12 anos meu pai se foi e não tenho mais que comprar algo para lhe dar de presente.
Entretanto, com o passar dos anos, reflito e compreendo a importância que ele teve em minha vida.
Meu pai era um sujeito sisudo, que pouco brincava, sério, expressava seu amor e carinho aos filhos de uma maneira bem peculiar: era um ótimo cozinheiro e fazia pra cada um de nós, o prato preferido, que no meu caso eram vários: feijoada,churrasco e lasanha. Feitos por ele eram sensacionais.
A vocação para ser jornalista veio dele. Quando eu tinha 6 ou 7 anos de idade, meu pai era representante comercial de jornais em Bofete, pequena cidade do interior paulista, e às 6 e meia da manhã, estávamos nós dois a esperar o ônibus que vinha com os jornais da capital. Nos dividiamos e saíamos a entregar os jornais para os assinantes da cidade.
Logo, estava eu na escola a redigir o jornal do Grêmio Estudantil, que era uma associação de estudantes eleita pelo voto direto dos alunos. Aí a outra paixão que herdei dele: a política.
Quando fui eleito vereador, ele se empenhou na campanha como se fosse a dele mesmo, e não escondia a satisfação do fato de eu ter sido o mais votado. Satisfação que ele também tinha quando me ouvia falando na emissora de rádio, aos 15 anos de idade. Mas sempre me cobrando: "Melhore na gramática, seja mais enfático em seus comentários". Perfeccionista era meu pai.
Com o passar dos anos, aquele herói da minha infância foi envelhecendo e ficou doente. Aos 30 anos de idade, me transformei numa espécie de "pai do meu pai", pois a doença que o levou à morte, exigia de nós muita atenção e carinho.
Meses antes dele morrer, ouvi surpreso uma confissão de meu pai: "Tenho orgulho do filho que tenho". Fiquei surpreso, porque as manifestações de afeto não eram muito comuns, afinal foi assim que ele foi criado pelos pais dele e, naquela época, manifestar afeto era "coisa pra mulherzinha".
Quase 12 anos sem ele. Amanhã não vai ter a lasanha, nem o churrasco. Mas todo dia, no meu coração, carrego a gratidão e o amor que sinto por ele.
Muito obrigado, papai. Eu te amo...

Aprender a ficar no presente

Confesso que uma das maiores dificuldades que tenho e, acredito muita gente que está lendo também,é a de viver o momento presente intensamente, cem por cento, sem permitir que a mente viaje para o passado ou, no meu caso principalmente, para o futuro, antecipando o que vai acontecer amanhã, semana que vem ou no fim do mês. Esta "ditadura da mente antecipada"gera ansiedade, angústia, enfim, é um carrasco a nos açoitar.
Subitamente, resolvi escrever sobre este assunto, no final de uma semana, em que incrivelmente estou me sentindo totalmente aqui e agora. Engraçado esta sensação de plenitude, traz paz e serenidade e me faz até ouvir o passarinho cantando aqui do lado de fora do prédio.
Acredito que deixar de ser ansioso é uma decisão, que requer muito esforço e disciplina e, também compreender que de nada adianta sofrer pelo que ainda vai ou não vai acontecer.
Nestes tempos de muita informação e com esta infinidade de aparelhos eletrônicos e redes sociais, etc e tal que temos que dar conta, se não estivermos atentos, entramos neste ritmo alucinante e aí realmente perdemos o controle sobre o momento presente.
Desejo sinceramente que todos curtam,intensamente este final de semana, minuto a minuto, afinal esta é a única medida de tempo que efetivamente temos à disposição...

Torcedor tem que ter limites

Fazendo uso da tribuna da Câmara dos Deputados, o ex-campeão mundial e agora deputado Romário (PSB-RJ) disse que as torcidas uniformizadas recebem dinheiro de jogadores e dirigentes para se manterem e atuarem. Até aí, nenhuma novidade, afinal como é que pessoas que não trabalham conseguem viajar mundo afora, acompanhando seus clubes de coração.
O que estarrece é o comportamento destes torcedores "organizados". Ameaças como recebeu o atacante Fred do Fluminense, que foi intimidado por estes "torcedores" quando estava com seu filho no colo e outros casos tão comuns no universo do futebol, mostram que estes assuntos precisam sair das páginas de esportes dos jornais e ir para as de polícia.
O futebol é uma paixão nacional e não é pra menos. Qual criança não sonhou em ser um jogador?O amor pelo esporte nos remete à mais tenra idade e funciona como um amortecedor psicológico para o processo de envelhecimento, que nos levará à morte, pois nos traz lembranças de quando éramos "imortais" (Até no hino do Grêmio existe uma referência à imortalidade).
Nada porém justifica a ação destes criminosos que ameaçam jogadores e torcedores de outros clubes, quando não os do mesmo clube. Que a polícia prenda e que a justiça condene, afinal, lugar de torcedor é na arquibancada...

Gianecchini: a surpresa e a luta pela vida

Assisti, tempos atrás, uma peça de teatro com o Antonio Fagundes (Restos era o nome, se não me engano). Um monólogo em que ele representava um marido no velório de sua mulher. Confesso que a cena e a frase que mais me marcaram naquela peça foi quando ele dizia "que sem esperar, um telefonema trazendo uma noticia inesperada, pode ser um tapa na cara e mudar, definitivamente, nossas vidas".
A notícia da internação e a confirmação da doença do ator Reinaldo Gianecchini foram pra mim motivo de surpresa e reflexão. O que a vida estaria querendo provar do ator mais cobiçado pelas mulheres brasileiras e que fez uma trajetória meteórica de modelo até virar um galã global?
Não dá pra imaginar o que se passa na cabeça de um jovem ator, rico e famoso, numa hora dessas. Ele disse que está preparado para a luta. Desejo, profundamente, que seu tratamento obtenha sucesso.
Recentemente, o ex-vice presidente da República, José Alencar, deu um exemplo ao país de amor à vida.
Familiares que já sentiram a dor e o sofrimento de ter um ente querido com a mesma doença sabem o que estou escrevendo. E é por isso que desejo mesmo, e de coração, que o ator supere esta doença...

Respeito ao pedestre e do pedestre

Começa a vigorar em São Paulo, a lei que multa os motoristas que não respeitam a faixa de pedestre nas ruas e avenidas paulistanas.
Com uma frota de mais de 7 milhões de veículos, a cidade de São Paulo é uma verdadeira "selva de pedra" e a luta por espaço para carros,ônibus,caminhões e motos, sem falar nas bicicletas, lembra batalhas medievais e a cada dia, notícias de atropelamentos, discussões e mortes no trânsito são mais frequentes.
Cidades nos Estados Unidos, Canadá e na Europa já respeitam o pedestre e basta ele colocar o pé no asfalto para que os automóveis parem. Em contrapartida, se o pedestre atravessar fora da faixa e provocar um acidente, a responsabilidade do ato passa a ser dele, pedestre.
E é neste sentido que vejo a questão: motoristas e pedestres têm responsabilidades iguais.
Sobre a polêmica de ter que pagar mais uma multa de alto valor, vale o que ouvi hoje de manhã na rádio CBN, um ouvinte dizendo que o bolso é o "órgão" do corpo humano que aprende mais rápido a respeitar as leis. Concordo...

Quem maltrata animais, maltrata pessoas

Vendo um vídeo postado por uma amiga no Facebook, fiquei chocado com a crueldade de "seres humanos" que queimaram vivo um filhote de cachorro, até a morte do indefeso animal, e ainda tiveram o sarcasmo e a frieza de filmar o sofrimento do cachorrinho e postar o vídeo no youtube.
Espero que os criminosos sejam identificados e punidos.
Mas muito mais que isso, me lembrei da declaração de um importante intelectual brasileiro que, recentemente, declarou que a "raça humana é inviável, que seu futuro é tenebroso".
Assim como animais são queimados vivos, recém-nascidos são abandonados em latas de lixo e idosos sofrem todo tipo de abandono e desrespeito de uma sociedade que perdeu o limite.
Sei que,por outro lado, existem pessoas fazendo o bem, em sociedades protetoras dos animais e em asilos e creches. Entretanto, o noticiário mostra, cada vez mais, notícias que me fazem pensar no mundo que aguarda quem nasce hoje.
Ainda na faculdade de jornalismo, ouvi dizer que "a notícia não é o cachorro morder o homem e sim o homem morder o cachorro". Quem disse tinha razão...

Bafômetro e repressão: chega de inocentes morrerem

Chegou mais um final de semana. Nos últimos, os moradores de São Paulo se chocaram com a morte de duas pessoas inocentes, causadas por motoristas irresponsáveis, que dirigiam seus carros em alta velocidade após o consumo de bebidas alcoólicas.
Que a polícia possa se multiplicar nas ruas paulistanas e de todo o Brasil para combater a ação destes criminosos, que transformam seus automóveis em máquinas de matar.
Bom final de semana e se beber, não dirija...

O Marketing e o senso de ridículo no futebol

Não há dúvidas que o marketing chegou para ficar no futebol. Não é pra menos: estima-se em um bilhão o número de pessoas no mundo que vivem, direta ou indiretamente do esporte bretão. As cifras geradas por patrocínios em camisas de clubes e a receita gerada pelos pagamentos de direitos de transmissão por parte das emissoras de tv passam de milhões. Tudo isso é ótimo, afinal o futebol é um espetáculo, um entretenimento, uma paixão mundial.
Entretanto, ideias como essa do Santos, de inscrever Pelé no Mundial de Clubes no Japão, saem do campo do marketing para beirar o ridículo. Será que vale a pena a exposição de um senhor de mais de 70 anos de idade, o maior jogador de futebol de todos os tempos, mesmo que seja para que ele entre em campo por alguns minutos. Será que ele se prestará a este papel? Não acredito, afinal sua carreira sempre foi muito bem conduzida.
Basta lembrar a despedida de Ronaldo Fenômeno da seleção brasileira, meses atrás. Mesmo com metade da idade de Pelé, a condição fisica vexatória fez com que o maior artilheiro da história das Copas do Mundo perdesse gols feitos. Aliás, hoje foi cogitado que o Corinthians também inscreverá Ronaldo para disputar minutos finais de partidas, para ser homenageado.
Deixem os ídolos em paz. A imagem de Pelé e de Ronaldo em campo devem ser vistas nos filmes e nos arquivos de tv.
Ou será que alguém imagina que Pujol ou qualquer defensor brucutu pouparia o Rei do Futebol numa dividida de bola numa eventual final Santos contra Barcelona. Eu imagino que não...

Olá

Olá usuários do blog. Estou me integrando nesta  forma de comunicação e espero contar com a companhia de vocês...