segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Vivemos como se não fôssemos morrer

Acabo de ouvir na rádio Jovem Pan o anúncio da morte do jornalista Israel Gimpel, que durante décadas foi a voz da emissora paulista no Rio de Janeiro. Eu que cresci ouvindo as transmissões esportivas da Pan fiquei muito triste e coloquei a me pensar que nós, seres humanos, vivemos de uma maneira a negar a própria mortalidade e acredito que talvez isso seja necessário, afinal acordar a cada manhã sabendo que poderemos deixar de existir é angustiante e pode até nos paralisar.
Mas o que acredito poderia ser diferente é a maneira como encaramos a própria vida. Costumamos fazer tempestades em copo de água, achar que nossos problemas são os únicos do mundo e deixamos de tratar com carinho e atenção as pessoas que nos são fundamentais. Alimentamos sentimentos negativos e, na minha opinião, a mágoa, o medo e o ressentimento são os piores e deixamos de agradecer o que temos.
Somos educados numa cultura religiosa e social que não nos ensina a confiar em nós mesmos e, muitas vezes, deixamos na MÃO DE DEUS decisões que precisam ser tomadas por nós mesmos. A morte, como costumo dizer, choca por nos lembrar que somos mortais e que não fugiremos dela. Que ela também nos faça ser mais carinhosos e afetuosos para com os amigos e familiares, afinal ninguém sabe quando será a hora de partir...

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